FONACATE - Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado
Concursos
Em reunião com secretário Gaetani, Fonacate reitera preocupações com Lei Geral dos Concursos

“Não representa melhoria”, avaliou Rudinei Marques, presidente do Fórum, durante a agenda realizada nesta quarta-feira, 19

Com informações de: Agência Invicta p/Fonacate

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O Fonacate voltou a se reunir com o secretário extraordinário para Transformação do Estado (SETE), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Francisco Gaetani, nesta quarta-feira, 19 de julho, para tratar do Projeto de Lei (PL) 2258/2022, conhecido como Lei Geral dos Concursos Públicos. Durante a agenda, os dirigentes manifestaram grande preocupação com a matéria, em tramitação no Senado Federal, tendo em vista as inúmeras inconsistências do texto, que podem acarretar, inclusive, o aumento da judicialização.

“Não estamos convencidos de que esse projeto trará algum avanço no sentido de aperfeiçoar os concursos públicos, pelo contrário, avaliamos que dispositivos como a previsão de realização de entrevistas para avaliação de aspectos comportamentais são medidas subjetivas não compatíveis com a impessoalidade, que é um princípio constitucional da Administração Pública”, afirmou o presidente da Fenaud e do Fonacate, Rudinei Marques.

O secretário e a equipe da SETE afirmaram que o governo não fechou questão sobre o PL, mas ponderaram que o avanço na tramitação pode ser visto como uma oportunidade de “criar possibilidades”, a partir da normatização de novas etapas nos certames, com intuito de atrair, por exemplo, profissionais com mais experiência. “O que defendemos é a realização de melhores concursos, que atendam melhor os interesses da Administração”, observou Gaetani.

A “inovação”, no entanto, aumenta a insegurança jurídica dos concursos e não enfrenta nenhum dos problemas atuais da Administração, foi o que argumentou a assessora jurídica do Fórum, Susana Botár, do escritório Fischgold Benevides. “A redação não traz regulamentação mínima acerca de questões básicas e essenciais, deixando à escolha dos entes federados critérios e procedimentos que poderiam ser, agora, parametrizados”, considerou.

Outro ponto criticado pelos dirigentes é a ausência de regulamentação sobre as cotas raciais. A respeito disso, Gaetani informou que o governo está trabalhando para a apresentação de um projeto de lei que se proponha a tratar apenas das cotas no serviço público.

Diante da ausência de consenso, evidente na discussão, o presidente do Sinal e vice-presidente do Fonacate, Fábio Faiad, sugeriu a realização de uma nova rodada de reuniões com o objetivo de avançar na proposição de encaminhamentos possíveis.

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