A Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado foi encerrada com um talk show, no final da tarde de quarta-feira (13) sobre o papel das carreiras típicas de Estado na construção e implementação de um projeto nacional de desenvolvimento. O mediador foi o jornalista Luciano Pires, que deu início aos debates e lembrou que o evento é importantíssimo para a sociedade discutir e refletir o que pode ser feito amanhã.
 
Em seguida, o pesquisador do Ipea Ronaldo Coutinho Garcia comemorou a iniciativa. “Um encontro como este é decisivo para pensar no futuro do Brasil. Temos o direito e o dever de querer construir um país desenvolvido.”

O pesquisador disse que é um servidor público federal por opção. Por esse motivo, comemorou o fato de ver tantas entidades sendo representadas no auditório da Câmara dos Deputados. “Há pouco tempo, se a gente tentasse discutir desenvolvimento social, éramos taxados de jurássicos. Democracia era entendida apenas por democracia política”, lembrou.
 
Márcio Gimenez, servidor de carreira do Ministério do Planejamento, também participou da mesa. Ele disse que, comparativamente, os gastos com servidores públicos no Brasil são muito menores do que em países desenvolvidos. “Acredito que temos dificuldade em justificar nossos salários perante a sociedade por falta de uma política de comunicação. Precisamos refletir um pouco mais para tentarmos fazer algo a mais no dia a dia”.
 
O servidor Rômulo Neves, do SindItamaraty, afirmou que um plano de desenvolvimento é uma ideia que tem de estar na cabeça de todo mundo para ser eficaz. “No Brasil, a gente não enxerga muito isso. Temos uma situação meio ruim frente à opinião pública. A gente precisa dar um retorno para a sociedade. Não só é possível, mas é desejável e necessário”. 
 
Ao final das discussões, o presidente da Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – FONACATE, Jorge Cezar Costa, agradeceu a presença de todos e ressaltou que será construída uma carta que será submetida às entidades do Fórum. “Precisamos trabalhar juntos nesse sentido para resolver esses problemas. Fortalecer as carreiras é fortalecer o Estado brasileiro. Esse fortalecimento não é nada mais do que defender o Estado que presta um serviço cada dia melhor para a população”, concluiu o presidente.

 

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