"A melhor maneira de fazer isso é disponibilizando trabalho, fazendo que haja equilíbrio político, redução de crime, inclusão social e democracia.”
Com informações de: Ascom/ASSECOR - C/alterações e Fotos: Ascom/FONACATE
Na segunda-feira (25) foi realizada na Universidade de Brasília (UnB) a palestra “Teoria Monetária Moderna e sua Aplicação para economias periféricas”, ministrada pelo professor e pesquisador do Levy Economics Institute de Nova Iorque, L. Randall Wray. O evento foi provido pela Assecor, UnB e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Fonacate, Unacon Sindical, Sinal e Associação Brasileira de Economistas pela Democracia.
A TMM explica sobre a natureza institucional da moeda, da dívida que nasceu antes dela e antes do mercado. A forma como os bancos centrais e o tesouro funcionam em qualquer país que emite moeda soberana em um sistema de câmbio flutuante, inclusive o Brasil.
Ademais, a teoria afirma que um governo emissor de sua própria moeda não pode quebrar, e o que causa inflação não é o excesso de moeda ou falta de confiança, mas o descompasso entre a demanda e a oferta de recursos físicos e produtivos que a cria. Uma das soluções para o controle do risco é um programa de garantia de trabalho que acolhe desempregados nas quedas e, quando o crescimento retorna, os devolve a iniciativa privada.
Além de explicar a TMM, o professor falou sobre a forma que a teoria é interpretada pelos críticos, considerada por ele errônea. “A teoria não discursa sobre o Banco Central imprimir dinheiro à toa distribuindo para todos gastarem, isso não é não é TMM, isso não tem nada a ver com imprimir dinheiro sem fundamento”.
Wray, também mencionou o Brasil e destacou sobre o país não ser subdesenvolvido, e sim rico em recursos, possuindo indústrias e demandas para suas mercadorias no exterior. O país tem sua própria moeda e tem o desemprego como sinal de erro político. “No Brasil temos uma população vivendo na pobreza, mas o país não é pobre, é necessário ofertar acesso aos recursos”, e conclui, “a melhor maneira de fazer isso é disponibilizando trabalho, fazendo que haja equilíbrio político, redução de crime, inclusão social e democracia”.
Compondo a mesa de debate, tivemos Maria de Lourdes Rollemberg Mollo (Universidade de Brasília), Simone Deos (Universidade de Campinas), Bráulio Cerqueira (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) e Paulo Lino Gonçalves (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). Com a moderação de Márcio Gimene (Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento). O economista Bráulio Cerqueira comentou sobre como a MMT é inspiração para aqueles que trabalham com finanças públicas, e criticou a falta de debate sobre o assunto. “É necessária uma discursão não somente nas Universidades, mas em espaços públicos, principalmente tratando o tema com seriedade e respeito”.
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