Com informações de: Por Marcelo Miranda Nunes - Ascom/Fenafisco
O painel da tarde do primeiro dia da Conferência trouxe como tema “O Estado no Pós-Crise”. No início das falas, o coordenador da mesa, Sérgio da Luz Belsito, presidente do SINAL, levantou questionamentos referentes à responsabilidade das teorias neoliberais na crise e os efeitos desta sobre a sociedade e sobre os servidores públicos.
O palestrante do painel, Márcio Pochmann, presidente do IPEA, lembrou que, apesar de muito se falar sobre o fim da crise, seus verdadeiros causadores ainda não foram corrigidos, como o sistema de financiamento e a falta de governança sobre a economia. Como lembrou Pochmann, a intervenção do Estado foi essencial para apaziguar os efeitos da crise.
“O Estado que temos hoje é um Estado recuperado no que diz respeito às suas funções de controle de mercado. O Estado funcionou como um “médico da economia” – afirmou Pochmann.
De acordo com o palestrante, o conceito do Capitalismo é o livre mercado, a livre competição. Mas isso não acontece devido ao domínio de poucos grupos sobre todas as áreas do mercado. “Tem corporações tão grandes que não podem quebrar. Se quebrarem, o sistema entra em colapso. É o que ocorreu com o banco Lehman Brothers”, acrescentou.
Com essas afirmativas, o presidente do IPEA defendeu a tese de que deva existir um “Super-Estado”, capaz de controlar essas grandes corporações. “Temos que repensar o sistema tributário, que ainda é ligado ao Estado antigo. O mercado precisa ser reinventado, pois hoje ele asfixia os micro empreendedores”, finalizou.
Concordando com a fala de Pochmann, o debatedor da mesa, o economista Roberto Piscitelli, comentou também a acelerada deterioração do meio ambiente em decorrência do modelo de sistema em que vivemos. “Essa é uma questão que não tem sido adequadamente contemplada pelo governo”, analisou.
Piscitelli também proferiu críticas à grande mídia brasileira ao lembrar que graças às medidas do Governo, a crise não foi tão intensa no Brasil. Mas, mesmo assim, os grandes veículos de imprensa, adeptos das correntes neoliberais, continuam atacando o Estado. “Convencionou-se no Brasil que investimento é bom, mas custeio é ruim. Ou seja, que pagar os funcionários, tão essenciais ao funcionamento do Estado, é prejudicial”, concluiu.
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