Para as entidades, a promessa de que as 60 mesas específicas que ainda não abriram e vão encerrar negociações até julho é enganosa. Haja vista a mesa do Banco Central, que iniciou em setembro e até agora não foi concluída.
Com informações de: Ascom/FONACATE e foto de Cristiano Eduardo
Na reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que ocorreu na tarde desta quarta-feira (10), representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentaram Termo de Compromisso da Campanha Salarial de 2024.
Dentre eles, o reajuste dos auxílios em maio: auxílio alimentação, de R$ 658 para R$ 1 mil; auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215; auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90. E a retomada das mesas específicas. O governo também anunciou que vai desistir de reajuste nominal, mas tratará de recomposição salarial e reestruturação com cada carreira. Promete abrir as 60 mesas faltantes e finalizar todas até julho de 2024.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, enfatizou que seria difícil comunicar as decisões do governo para a base, porque já houve três mudanças desde que foram iniciadas as conversas: 1) reajuste geral com % linear; 2) reajuste nominal geral; 3) reajuste somente em mesas específicas.
“Além disso, diversas categorias já estão em greve ou em paralisações esporádicas. Logo, não podemos compactuar com o parágrafo 1° da Cláusula 2a.”, afirmou Marques.
A cláusula diz que “durante o processo de negociação, a interrupção total ou parcial dos serviços públicos, implicará a suspensão das negociações em curso por uma categoria”.
Para as entidades, a promessa de que as 60 mesas específicas que ainda não abriram e vão encerrar negociações até julho é enganosa. Haja vista a mesa do Banco Central, que iniciou em setembro e até agora não foi concluída.
Já para a vice-presidente do Fonacate e presidente da Anesp, Elizabeth Hernandes, é importante o governo apresentar o calendário das mesas específicas a serem abertas. “As categorias ficam muito ansiosas, os dirigentes acabam recebendo informações contraditórias pela imprensa e ficamos desprevenidos no debate junto a nossa base”, destacou Hernandes.
As entidades representativas dos servidores públicos federais consultarão suas bases para dar uma resposta ao governo até a próxima segunda-feira, dia 15 de abril, porque a data é o prazo final para sair a Portaria reajustando os benefícios.
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