Com informações de: Com informações: Revista Época
Eleita presidente da República em 31 de outubro, Dilma Rousseff iniciou a formação de seu ministério logo após o resultado das urnas. Em um primeiro momento, ela enfrentou a busca por espaço no governo do PT, seu partido, e o voraz apetite do PMDB, que foi aplacado com cinco ministérios – um a menos do que o principal aliado desejava – mais Nelson Jobim, o ministro da Defesa que faz parte da chamada “cota pessoal” de Dilma.
Depois, Dilma começou a encarar a disputa por cargos entre os partidos menores, como PDT, PP, PCdoB e PSB e até mesmo dentro desses partidos. As negociações, no entanto, geraram insatisfação em muitos dos aliados, e a disputa interna deve marcar o início do governo Dilma.
Confira abaixo quem forma o governo Dilma:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Wagner Rossi – PMDB O ex-deputado federal Wagner Rossi assumiu o ministério em março de 2010, sob acusação de lotear cargos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento entre aliados políticos. Ligado ao vice-presidente eleito, Michel Temer, Rossi foi reconduzido ao posto por Dilma. |
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Ministério das Cidades |
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Ministério da Ciência e Tecnologia Alozio Mercadante – PT Um dos principais nomes do PT, o senador Aloizio Mercadante deixou de concorrer à reeleição para atender a um pedido do presidente Lula: disputar o governo de São Paulo, Estado onde o PSDB é muito forte. Derrotado no primeiro turno, Mercadante ganhou uma vaga no ministério. |
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Ministério das Comunicações Paulo Bernardo – PT Amigo pessoal de Dilma Rousseff, Bernardo passou cinco anos no comando do Ministério do Planejamento. Homem de confiança de Dilma, ele assume uma pasta que deve tratar de assuntos sensíveis, como a regulamentação da comunicação eletrônica, o Plano Nacional da Banda Larga e a reestruturação dos Correios. |
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Ministério da Cultura Ana de Hollanda Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e irmã do compositor e escritor Chico Buarque, a cantora Ana de Hollanda é secretária de Cultura do Município de Osasco (SP) e diretora do Centro de Música da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Dilma queria uma mulher na Cultura. |
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Ministério da Defesa |
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Ministério do Desenvolvimento Agrário |
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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior |
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Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello – PT A economista Tereza Campelo conhece Dilma Rousseff desde os anos 80 e trabalhou com ela na Casa Civil, onde atua hoje em dia como subchefe de Articulação e Monitoramento. Ela será a responsável por coordenar o Bolsa Família, uma das principais bandeiras do governo Lula. |
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Ministério da Educação |
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Ministério do Esporte Orlando Silva – PC do B Assumiu a pasta em 2006, quando Agnelo Queiroz deixou o ministério. Sua permanência no governo Dilma é uma surpresa, pois parecia certo que Dilma escolheria uma mulher do PCdoB para a pasta. A deputada Manuela D’Avila (RS) e a ex-prefeita de Olinda (PE) Luciana Santos eram as mais cotadas. |
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Ministério da Fazenda |
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Ministério da Integração Nacional |
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Ministério da Justiça |
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Ministério do Meio Ambiente |
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Ministério de Minas e Energia Edison Lobão – PMDB Edison Lobão (MA) assumiu a pasta em janeiro de 2008, na condição de indicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Reeleito para o Senado em 2010, Lobão conseguiu ser reconduzido ao posto no governo Dilma, mantendo o estratégico ministério de Minas e Energia sob controle do PMDB. |
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Ministério da Pesca e Aquicultura Ideli Salvatti – PT A senadora Ideli Salvatti foi a candidata do PT ao governo de Santa Catarina, mas não teve sucesso nas eleições. Integrante da chamada “tropa de choque” do governo nos mandatos de Lula, ela foi premiada com uma vaga no ministério de Dilma. |
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Ministério do Planejamento Miriam Belchior – PT Integrante da equipe de transição de Lula em 2002, Miriam atuou como assessora do presidente até 2004, quando recebeu convite de José Dirceu para atuar na Casa Civil. Quando Dilma deixou a Casa Civil para se candidatar, Miriam assumiu a secretaria-executiva do PAC. Com Dilma presidente, seguirá comandando o programa, que passará para o âmbito do Planejamento. |
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Ministério da Previdência Social Garibaldi Alves Filho – PMDB Depois de ser convidado por Dilma, Garibaldi Alves não conseguiu esconder sua frustração com a pasta, que “não é muito” do seu “agrado”. Ainda assim, ele disse estar pronto para o “desafio”. A pasta não é muito bem vista pelos políticos pois a maior parte de seu orçamento já vem comprometida com o pagamento de pensões e aposentadorias. |
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Ministério das Relações Exteriores Antônio Patriota Atualmente secretário-geral do Itamaraty, Patriota é um homem próximo do atual ministro, Celso Amorim, mas sua promoção pode significar uma leve mudança de rumos na política exterior do país. Dilma já mostrou, por exemplo, que deve ter uma postura diferente diante do Irã. Patriota foi embaixador nos Estados Unidos e pode melhorar o diálogo com Washington. |
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Ministério da Saúde |
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Ministério do Trabalho e Emprego Carlos Lupi – PDT Lupi entrou no governo Lula em 2007, para preencher a cota do PDT no ministério. Em 2008, atendendo recomendação da Comissão de Ética Pública, se licenciou da presidência do partido. Tem feito sucesso pois há meses vem dando atualizações de uma mesma boa notícia: a queda do desemprego. |
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Ministério dos Transportes Alfredo Nascimento – PR Ex-prefeito de Manaus e ex-governador do Amazonas, Alfredo Nascimento foi ministro dos Transportes no governo Lula, mas deixou o cargo para disputar novamente o governo estadual, eleição na qual foi derrotado. Agora foi reconduzido ao cargo, na cota do PR no governo. Ministério dos Transportes. |
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Ministério do Turismo Pedro Novais – PMDB O deputado Pedro Novais (MA) é um antigo membro do chamado “baixo clero” da Câmara, formado por deputados de pouca expressão. Ligado a José Sarney (PMDB-AP), é mais um que faz parte da “cota” do presidente do Senado no governo Dilma. |
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Advocacia-Geral da União Luís Inácio Lucena Adams Funcionário concursado da Procuradoria Nacional da Fazenda, Adams teve cargos no Ministério do Planejamento e em 2009 foi nomeado chefe da AGU em substituição a José Antonio Dias Toffoli. Foi cogitado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, mas permanecerá na AGU com Dilma. |
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Banco Central Alexandre Tombini Tombini é funcionário de carreira do governo e ocupa atualmente a diretoria de Normas do Banco Central. Ele foi escolhido porque seria menos conservador que Henrique Meirelles na condução da política de taxa de juros e por ser mais aberto ao diálogo com a equipe do Ministério da Fazenda. |
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Casa Civil Antonio Palocci – PT Ex-prefeito de Ribeirão Preto (PT), Palocci era uma das estrelas do primeiro mandato de Lula, mas deixou o governo em 2006 acusado de mandar quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Eleito deputado federal em 2006, Palocci foi cotado como candidato ao governo de São Paulo em 2010, mas acabou sendo um dos coordenadores da campanha de Dilma. |
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Controladoria-Geral da União Jorge Hage Na carreira política, Hage foi prefeito de Salvador (1975-77), deputado estadual e deputado federal pela Bahia. Nos anos 1990, se tornou magistrado concursado em Brasília até que, em 2003, assumiu a secretaria-geral da CGU. Em junho de 2006, virou o titular da controladoria, e vai seguir no cargo com Dilma. |
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Defensoria Pública da União José Rômulo Plácido Sales A Defensoria Pública da União tem status de ministério, mas o atual ocupante do cargo, José Rômulo Plácido Sales, não foi indicado por Dilma. Ele assumiu o posto em junho de 2009, nomeado por Lula, e seu mandato acaba em 2011. Depois, Dilma decidirá se mantém Sales no cargo ou se troca o titular do posto. |
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Secretaria-geral da Presidência Gilberto Carvalho – PT Principal assessor de Lula, Carvalho atuou como chefe de gabinete da Presidência no atual governo. Com Dilma, ele será deslocado para a secretaria-geral, órgão que cuida do diálogo do governo com os movimentos sociais e religiosos |
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Gabinete de Segurança Institucional |
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Secretaria de Assuntos Estratégicos Moreira Franco – PMDB Ex-governador do Rio, Moreira Franco é outro aliado de Michel Temer e participou da coordenação de campanha de Dilma. A secretaria terá funções como coordenar o Plano Nacional de Saneamento e Reaproveitamento de Resíduos Sólidos e o conselho que reúne integrantes da sociedade civil interessados em dialogar com o governo. |
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Secretaria de Comunicação Social Helena Chagas Ex-jornalista do jornal O Globo e do SBT, Helena Chagas atuou na implantação e reestruturação do jornalismo em órgãos públicos como a TV Brasil, a Agência Brasil e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e coordenou a comunicação da campanha de Dilma. Ela substituirá Franklin Martins, que teve um atuação polêmica. |
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Secretaria de Relações Institucionais Luiz Sérgio – PT Metalúrgico como Lula, Luiz Sérgio é presidente do PT do Rio e ganhou destaque nos últimos anos como relator da CPMI dos Cartões Corporativos. Está na Câmara desde 1999, quando assumiu o primeiro de três mandatos consecutivos. |
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Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Iriny Lopes – PT Eleita em outubro para seu terceiro mandato na Câmara, a deputada federal Iriny Lopes, integrante da Comitiva Nacional do PT e filiada ao diretório do Espírito Santo, já atuou na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e foi integrante do Conselho de Ética da Casa. |
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Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Luiza Bairros – PT Luiza Bairros chega ao governo com a experiência de ter sido, desde 2008, secretária de Promoção da Igualdade da Bahia. Ela é socióloga e ativista dos movimentos negro e de defesa dos direitos da mulher. |
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Secretaria Especial dos Direitos Humanos Maria do Rosário – PT A política gaúcha atuou em comissões parlamentares ligadas aos Direitos Humanos nas esferas municipal, estadual e federal. Durante o governo Lula, se destacou como relatora da CPI da Pedofilia. Ela é professora e tem mestrado na área de direitos humanos. |
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Secretaria Especial de Portos Leônidas de Menezes Cristino – PSB Eleito prefeito de Sobral (CE) em 2004 e reeleito em 2008, Cristino vai deixar a prefeitura em meio ao segundo mandato para assumir o ministério. Apadrinhado de Ciro Gomes (PSB), foi secretário estadual de Transportes do Ceará na gestão de Ciro. |
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