Com informações de: Site UOL
O ministro da Justiça, Sergio Moro, deve informar ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) que a Polícia Federal não pode intervir em um caso em apuração pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro nem ordenar que os policiais tomem depoimentos. Essa é a avaliação do presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), entidade afiliada ao Fonacate, Edvandir Félix de Paiva.
Jair Bolsonaro disse que pediria ao ministro para a PF entrar no caso e tomar novo depoimento do porteiro que o envolveu no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ).
Um documento obtido pela Polícia Civil do Rio mostra que Élcio Queiroz, motorista do carro de onde partiram os tiros para matar a vereadora, esteve no dia do crime no condomínio no Rio onde morava o presidente. O registro ainda aponta o número da casa do presidente como destino do assassino.
Em depoimento, o porteiro disse que foi Jair Bolsonaro quem autorizou a entrada de Élcio, mas o presidente estava em Brasília naquele dia. A polícia quer as gravações de áudio da portaria para confirmar de quem é a voz que autorizou a entrada dele.
Paiva explicou que, ainda que o caso pare no STF (Supremo Tribunal Federal), só o Supremo poderia ordenar diligência à PF. A corporação cuidou apenas do caso de obstrução à investigação do assassinato da vereadora.
Para o delegado, o presidente precisa acionar seus advogados para comprovar sua inocência, como qualquer cidadão faz. “O melhor caminho é que ele mesmo requeira, por meio de seus advogados, a quem conduz essa investigação a diligência que ele achar pertinente para provar que não tem envolvimento nenhum, como um cidadão comum costuma fazer”, disse.
O presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, o promotor Roberto Livianu, também afirmou que quem deve saber se é necessário tomar ou não outro depoimento do porteiro é quem conduz a investigação atualmente: o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio.
Falando em tese, sem comentar o caso especificamente, disse que uma investigação não pode ser pautada por pressões políticas.
“Ouvir testemunhas e depois ouvir novamente faz parte da regra do jogo”, iniciou Livianu. “Só quem está à frente da investigação tem plenas condições de verificar se é caso de ouvir ‘A’ ou ‘B’. Agora, com certeza, uma investigação criminal não deve se render a pressões de pessoas
detentoras de fatias de poder no flanco ‘A’ ou ‘B’. As coisas devem seguir seu caminho natural.”
Livianu também enfatizou a necessidade de agir com serenidade na apuração dos crimes sem prejulgamentos nem interesses político-partidários.
Leia a matéria na íntegra no link:
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