O Senado Federal, composto de 81 senadores, renova parte de suas vagas de quatro em quatro anos, sendo um terço numa eleição e dois terços na seguinte. Da atual composição, 54 senadores têm mandato até fevereiro de 2011 e 27 continuam em seus mandatos até fevereiro de 2015.

Neste pleito, que renovou dois terços dos senadores, exatamente aqueles cujos mandatos terminam em 2011, somente 17 conseguiram se reeleger, o que representa uma renovação de 68,52% em relação às vagas em disputa e de 45,67% em relação à composição total do Senado Federal.

A análise dos resultados das eleições de 2010 em comparação com o pleito de 2002 demonstra queda da renovação em função do aumento dos reeleitos.  Naquele ano, foram reeleitos 14 senadores, o que representou uma renovação de 74,07% em relação às vagas em disputa e de 49,38% em relação à composição do Senado Federal.

Desse universo de 54 senadores (2/3 do Senado) cujos mandatos se encerram em fevereiro de 2011, 27 parlamentares (50% das vagas em disputa) tentaram reeleição, 12 desistiram de concorrer, cinco disputaram os governos de seus estados, seis concorreram ao cargo de deputado federal, dois concorreram a assembléias legislativas, uma disputou a Presidência da República.

Entre os 28 que tentaram renovar seus mandatos, 17 foram reeleitos: Renan Calheiros (PMDB), Gilvam Borges (PMDB), Cristovam Buarque (PDT), Magno Malta (PR), Demóstenes Torres (DEM), Lúcia Vânia (PSDB), Edison Lobão (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Flexa Ribeiro (PSDB), Marcelo Crivella (PRB), José Agripino Maia (DEM), Garibaldi Alves Filho (PMDB), Paulo Paim (PT), Valdir Raupp (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Antonio Carlos Valadares (PSB) e João Ribeiro (PR).

Entre os seis que disputaram à Câmara, três foram eleitos: Eduardo Azeredo (PSDB), Sérgio Guerra (PSDB) e Almeida Lima (PMDB). Dos dois que concorreram a Assembléia Legislativa foi eleita a senadora Patrícia Saboya (PDT).

Os onze derrotados que tentaram reeleição neste pleito foram: Papaléo Paes (PSDB), Arthur Virgílio (PSDB), Jefferson Praia (PDT), César Borges (PR), Tasso Jereissati (PSDB), Efraim Morais (DEM), Marco Maciel (DEM), Mão Santa (PSC), Heráclito Fortes (DEM), Fátima Cleide (PT) e Romeu Tuma (PTB).

Além dos onze derrotados, estarão fora da próxima legislatura os doze senadores que desistiram de concorrer ao pleito: Geraldo Mesquita (PMDB), João Tenório (PSDB), Antonio Carlos Júnior (DEM), Gerson Camata (PMDB), Mauro Fecury (PMDB), Gilberto Goellner (DEM), Valter Pereira (PMDB), Roberto Cavalcanti (PRB), Flávio Arns (PSDB), Regis Velasco (PMDB), Sérgio Zambiasi (PTB) e Augusto Botelho (PT); os cinco que disputaram e perderam os governos estaduais: Alfredo Nascimento (PR), Hélio Costa (PMDB), Osmar Dias (PDT), Ideli Salvatti (PT) e Aloysio Mercadante (PT); e três que tentaram e perderam a eleição para deputado federal: Adelmir Santana (DEM), Serys Slhessarenko (PT) e Leomar Quintanilha (PMDB); e um que tentou e perdeu a eleição para deputado estadual: José Nery (PSol).

Dos 27 senadores com mandato até 2015, seis disputaram a cargo de governador de estado, sendo quatro eleitos em primeiro turno: Tião Viana (PT), pelo Acre com 170.202 (50,51%); Renato Casagrande (PSB), pelo Espírito Santo com 1.502.070 (82,30%); Rosalba Ciarlini (DEM), pelo Rio Grande do Norte com 813.813 (52,46%); e Raimundo Colombo (DEM), por Santa Catarina com 1.815.304 (52,72%). Os senadores será substituídos pelos suplentes na próxima legislatura. O senador Fernando Collor (PTB) perdeu disputa em Alagoas e o senador Marconi Perillo (PSDB), disputa segundo turno em Goiás.

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